A igualdade no casamento poderá finalmente chegar à Irlanda do Norte.

Numa decisão histórica, a Câmara dos Comuns votou 383-73 a favor de uma cláusula para estender o casamento entre pessoas do mesmo sexo para a Irlanda do Norte, apresentada pelo deputado trabalhista Conor McGinn.

A cláusula exigirá legislação secundária e só entrará em vigor se as negociações de partilha de poder falharem em restaurar um governo regular até 21 de outubro. Caso o executivo se torne funcional dentro deste prazo, a emenda será anulada.

O deputado trabalhista Ged Killen, um dos signatários da emenda, fez um discurso empolgante no qual ele admitiu que a questão da igualdade no casamento é uma coisa próxima do seu coração.

Isto é pessoal para mim, visto que sou casado com um irlandês e o nosso casamento não é reconhecido na sua terra natal.
Podemos entrar num avião em Glasgow como homens casados ​​e chegar a Belfast como parceiros civis, apesar de nunca termos saído do Reino Unido.

Ged Killen

Os deputados trabalhistas e conservadores tiveram liberdade de voto no assunto.

Antes da votação, o ministro da Irlanda do Norte, John Penrose, confirmou que o governo honraria os resultados, mas alertou que as complexidades legais podem significar que demorará mais do que os três meses antes do prazo de 21 de outubro.

Os deputados também votaram a favor do alargamento dos direitos de aborto aos cidadãos da Irlanda do Norte por 332 a 99. Novamente, esta cláusula só entrará em vigor se o parlamento não se tornar funcional.

Momento de celebração

O diretor da Amnistia Internacional na Irlanda do Norte e parte da coligação Love Equality, Patrick Corrigan, disse:

Este é um momento incrível e uma grande causa de celebração. A igualdade no casamento na Irlanda do Norte é finalmente uma realidade. Durante mais de cinco anos, os casais do mesmo sexo no resto do Reino Unido puderam casar-se, enquanto esse direito foi negado aos cidadãos da Irlanda do Norte. Agora, dentro de apenas três meses, poderemos ver os primeiros casais do mesmo sexo dando o nó. Tantas pessoas têm feito campanha por tanto tempo. Em alguns momentos parecia inatingível, mas nunca desistimos.
Hoje é um dia para os livros de história.

Patrick Corrigan, Amnistia Internacional

Fonte: Portugal Gay


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