Lisboa vai acolher em 2025 o EuroPride, um evento internacional que “será um grande momento de celebração da visibilidade LGBTI”, revelou à agência Lusa a presidente da associação ILGA Portugal, Ana Aresta.
As associações ILGA Portugal, Variações, rede ex aequo e AMPLOS apresentaram uma candidatura à organização do EuroPride em Lisboa em 2025 e a proposta foi hoje aprovada por maioria pelos membros da EPOA – European Pride Organizers Association.
O EuroPride é considerado “o maior evento de celebração do orgulho das entidades LGBTI+ na Europa” e acontece anualmente desde 1992 em diferentes cidades europeias, com um extenso programa de atividades, conferências, encontros, uma marcha e uma festa.
Em Lisboa, o EuroPride acontecerá de 14 a 22 de junho de 2025, coincidindo com as festas populares da cidade e com o tradicional arraial Pride.
“Estamos a falar de um evento que recebe muitos milhares de pessoas de todo o mundo e será um momento para Portugal provar que está na dianteira dos direitos humanos e na promoção de contextos de segurança e diversidade”, sublinhou Ana Aresta.
A presidente da ILGA Portugal explicou que o orçamento para a organização desta iniciativa será de cerca de um milhão de euros, e as quatro entidades organizadoras esperam o envolvimento financeiro da autarquia de Lisboa, do Turismo de Portugal, de parcerias privadas, patrocínios e donativos.
De acordo com o dossier de candidatura apresentado, haverá um encontro de juventude, uma conferência sobre direitos humanos, mostras de cinema e exposições. Na proposta foi incluída uma carta de apoio ao evento assinada pela secretária de Estado da Igualdade e Migrações, Isabel Rodrigues.
Ana Aresta considera que o papel do Governo é “fundamental”, assim como o apoio da Presidência da República, para a realização do evento.
No dossier de candidatura apresentado, as quatro associações portuguesas sublinham que o conceito subjacente ao EuroPride 2025 é “Orgulhosamente Vós”, subvertendo o lema do regime ditatorial do Estado Novo “Orgulhosamente sós”.
“Muitas pessoas LGBTI+ vivem e crescem em contextos de vergonha e de silêncio, e, portanto, esta mensagem vem reforçar esta mensagem de nos celebrarmos com orgulho”, justificou Ana Aresta.
Esta era a segunda vez que as associações portuguesas apresentavam uma candidatura à organização do EuroPride.
De acordo com a EPOA, na corrida à organização do EuroPride 2025 estavam candidaturas de Lisboa e de Magdeburg, na Alemanha.
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