A igreja Templo Planeta do Senhor colocou a Netflix e o Porta dos Fundos na Justiça após a exibição do especial de natal “A Primeira Tentação de Cristo”, que ficou conhecido como “Jesus Gay”. Como recompensa pela representação, a instituição pediu R$1 bilhão (em euros é… é “fazer as contas”, como dizia o Guterres) em indemnização.
A ação foi movida por Anselmo Ferreira de Melo da Costa, presidente da igreja e que também atua como advogado. Ele afirmou que se sentiu desrespeitado na sua fé cristã quando o filme fez uma representação de um Jesus Cristo homossexual. Para realizar o processo, Costa solicitou o benefício da Justiça gratuita, ou seja, não queria arcar com os custos da medida.
O pedido foi negado pela juíza do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, Patrícia Conceição, que questionou a legitimidade da igreja em receber a indemnização e pediu ao Templo o balancete de contas, para provar que necessitava da Justiça gratuita, o que não foi feito. A instituição alegou que a quantia era elevada pois seria distribuída entre organizações de caridade.
De acordo com a Veja, com a recusa, e como o valor solicitado foi alto, a instituição acabou levando um prejuízo de 82 mil reais de causas processuais e, caso recorram da decisão, o valor tende a dobrar.
Com isso, Costa decidiu abandonar o processo, antes mesmo da Netflix e Porta dos Fundos saberem oficialmente, o que se mostrou a decisão mais barata, já que, caso o streaming tivesse sido notificado, o Templo também teria que pagar os honorários dos advogados da empresa.
A igreja ainda solicitou que reduzisse o valor da causa para 100 mil reais, mas a juíza afirmou que pedir a redução só para pagar menos não estava entre os direitos do Templo. Atualmente, o caso está encerrado e a instituição deve 82 mil à Justiça.
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