O medalhista de ouro olímpico Kerron Clement decidiu sair do armário numa entrevista emocionante para a revista Out Magazine. Clement foi vencedor dos 400 metros em barreira nas Olimpíadas do Rio.

Postou uma fotomontagem nas redes sociais com a bandeira do arco-íris na altura do coração. Na entrevista para a publicação, o atleta nascido em Trinidad e Tobago e naturalizado norte-americano disse que é hora de ser “livre” depois de lutar com a sua sexualidade por 17 anos.

“Eu estava cansado de amar nas sombras. Já passei pelo que muita gente passou que é ter medo de ser quem é”, contou.

“Lutei com a minha sexualidade por 17 anos. Com o tempo, à medida que envelhecemos, importas-te menos. Agora é hora de seres tu mesmo e seres livre”, ponderou.

Clipe com Beyoncé

Clement coleciona três medalhas olímpicas. Foi medalha de ouro em Pequim (2008) na prova do revezamento 4x400m e prata nos 400 metros em barreira. No Rio, em 2016, conquistou a primeira medalha de ouro olímpica em desporto individual aos 30 anos nos 400 metros em barreira. Antes, havia sido campeão mundial na mesma prova em Berlim (2009) e em Osaka (2007).

O atleta venceu os 400m com barreiras em prova disputada no Engenhão. Foto: Comitê Olímpico Internacional.

Viveu um período de ostracismo no desporto depois do título mundial na Alemanha. Passou em branco nos Jogos Olímpicos de Londres (2012).

Se no desporto nada ia bem, a carreira de modelo estava animada. Ele tornou-se modelo de marcas e suplementos alimentares.

Clement em propaganda para marca de suplementos alimentares. Foto: Reprodução

Também começou a fotografar corpos masculinos, incluindo os modelos brasileiros Marcos e Márcio Patriota.

E ao acompanhar um amigo a uma gravação, em 2011, Clement recebeu o convite de ninguém mais ninguém menos que a rainha Beyoncé para participar num dos grandes hinos da cantora.

O campeão olímpico e mundial acabou a fazer figuração em Run The World. Numa descrição no Facebook, o atleta diz que continua a correr porque o desporto “é uma fuga de tudo”. Do temor de ter a sexualidade invadida, ele não precisará mais fugir.

Fonte: Rio Gay Life


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