O jogador de futebol americano gay Wyatt Pertuset revelou em entrevista à revista OutSports como se deu a sua saída do armário. Assim como a maioria dos adolescentes LGBTs, o atleta tinha muito receio de ter a sexualidade descoberta.
“Eu sabia que era gay, mas a ideia de alguém descobrir sobre a minha sexualidade era aterrorizante na minha cabeça, especialmente crescendo com uma família de moldes simples e tradicionais. Eu estava sempre apavorado com assuntos no balneário sobre gays e quão errado ser gay era. Sim, essa conversa sempre estava lá e apenas me empurrou mais para dentro do armário”, lembrou ele.
Logo, Pertuset decidiu que só iria assumir-se quando encerrasse o ensino médio, porém, ao abrir para alguns amigos de uma escola da pequena Ohio, nos Estados Unidos, a notícia espalhou-se rapidamente.
“Todo este burburinho deixou-me a pensar. Por que estava a mentir sobre quem eu sou apenas para agradar toda a gente? No dia seguinte, saí e confirmei os rumores de que era gay”, contou.
Para sua surpresa, o jogador recebeu apoio de maneira recetiva por todos à sua volta. “As pessoas da minha escola perceberam rapidamente que ser gay realmente não te define. É simplesmente uma parte de quem tu és. Os meus colegas de equipa entenderam muito bem e não me trataram de maneira diferente”, disse.
Quando ingressou para o futebol também se deparou no dilema se iria ou não falar abertamente sobre a sua sexualidade ao entrar na Capital Universit que inclui os semifinalistas nacionais de futebol John Carroll e Mount Union. “Eu decidi nem mencionar isso e apenas deixá-los descobrir”, relatou.
“Depois de apenas alguns dias, todos sabiam e todos aceitavam. Eles trataram-me como família. Sou muito grato aos meus colegas de equipa na Capital porque, ao criar esse tipo de vínculo familiar, fui capaz de me destacar e sair de campo durante minha carreira universitária”, avaliou.
Por fim, Wyatt mandou um conselho para aqueles que ainda estão no armário. “Se estás no armário e estás a ler isto, quero que saibas que sair não é tão assustador quanto imaginas ser. É a experiência mais aliviante com a qual vais lidar. Finalmente consegues ser tu mesmo e mostrar às pessoas que a comunidade LGBT também sabe jogar à bola”, finalizou.
Fonte: Super Pride
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