O norte-americano Anthony Avalos terá dito à família que “gostava de rapazes” uma semana antes de ter sido espancado até à morte. As autoridades colocam a hipótese de haver uma relação entre o homicídio da criança e uma atitude homofóbica do autor ou autores do crime.
O menino de 10 anos foi encontrado inconsciente em casa em Lancaster, Los Angeles, EUA, no dia 20 de junho. Foi levado para um hospital local, onde veio a morrer no dia seguinte, de acordo com o “The Los Angeles Times”.
Anthony tinha marcas de queimaduras de cigarro no corpo e apresentava lesões na cabeça, que, segundo a mãe, terão sido causadas por uma queda acidental.
A causa oficial da morte de Anthony não foi divulgada mas o Departamento de Crianças e Serviços Familiares do Condado de Los Angeles divulgou que o menino ter-se-á assumido como gay recentemente, estando a ser investigado se uma eventual atitude homofóbica poderá ter desempenhado um papel na agressão.
Heather Barron, mãe de Anthony, e o namorado, Kareem Leiva, apresentaram-se na terça-feira no tribunal, que determinará o futuro dos outros seis filhos, entretanto retirados da casa do casal. Nenhum dos adultos foi acusado da morte de Anthony.
Uma tia de Anthony acredita que o casal maltratava criança. Em 2015, alertou os serviços sociais, mas a denúncia ficou por aí e nada foi feito. “Anthony contou-nos que ficava fechado (no quarto) e que não tinha permissão para usar a casa de banho”, alertou a familiar, acrescentando que a criança e os irmãos terão sido forçados a comer lixo.
Segundo a imprensa local, desde 2013, foram realizadas pelo menos 16 chamadas telefónicas para os serviços sociais, com denúncias contra Heather Barron e Kareem Leiva, sendo que 13 dessas indicavam Anthony como a vítima.
Fonte: Jornal de Notícias
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